La Esquila. Jean Pallière. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
Esta gravura de Jean Pallière (1823-1877) mostra o trabalho de esquiladores, homens e mulheres, numa estância do Rio da Prata em meados do século XIX. A retirada pelos esquiladores da lã da ovelha para comercialização, era realizada uma vez por ano, quando a estação quente estava chegando. No Rio Grande do Sul, a criação de ovelha foi muito difundida, desde os primórdios do século XIX, tendo as primeiras espécies trazidas do Uruguai e da Argentina.
As fibras sintéticas começaram a ser desenvolvidas pela indústria americana na década de 1930, com o nylon. Na década de 1950 surge, com a indústria inglesa, o poliéster ou tergal. Na década de 1960 é criada a lycra (elastano). Se consolida o cenário de um mercado fundado em fibras sintéticas para abastecer o ramo do vestuário. Os tecidos em lã se tornam caros e com o mercado cada vez mais restrito.
O "Esquilador" foi a música vencedora da Califórnia da Canção Nativa de 1979, retratando o intenso êxodo rural que tirou o trabalhador que atuava na ovinocultura e o levou para a miséria nas cidades. Inclusive, o autor da música, Telmo de Lima Freitas cantou a sua experiência de abandono do campo saindo de São Borja, indo para Goiás e retornando posteriormente a Porto Alegre.
Esquilador (Telmo de Lima Freitas)
Quando é tempo de tosquia já clareia o dia com outro sabor
Quando é tempo de tosquia já clareia o dia com outro sabor
As tesouras cortam em um só compasso enrijecendo o braço do esquilador
As tesouras cortam em um só compasso enrijecendo o braço do esquilador
Um descascarreia, o outro já maneia e vai levantando para o tosador
Um descascarreia, o outro já maneia e vai levantando para o tosador
Avental de estopa, faixa na cintura e um gole de pura pra espantar o calor
Avental de estopa, faixa na cintura e um gole de pura pra espantar o calor
Quando é tempo de tosquia já clareia o dia com outro sabor
As tesouras cortam em um só compasso enrijecendo o braço do esquilador
As tesouras cortam em um só compasso enrijecendo o braço do esquilador
Um descascarreia, o outro já maneia e vai levantando para o tosador
Um descascarreia, o outro já maneia e vai levantando para o tosador
Avental de estopa, faixa na cintura e um gole de pura pra espantar o calor
Avental de estopa, faixa na cintura e um gole de pura pra espantar o calor
Alma branca igual ao velo, tosando a martelo quase envelheceu
Alma branca igual ao velo, tosando a martelo quase envelheceu
Hoje perguntando para a própria vida pr'onde foi a lida que ele conheceu
Hoje perguntando para a própria vida pr'onde foi a lida que ele conheceu
Quase um pesadelo, arrepia o pelo do couro curtido do esquilador
Quase um pesadelo, arrepia o pelo do couro curtido do esquilador
Ao cambiar de sorte levou cimbronaço ouvindo o compasso tocado a motor
Ao cambiar de sorte levou cimbronaço ouvindo o compasso tocado a motor
Alma branca igual ao velo, tosando a martelo quase envelheceu
Hoje perguntando para a própria vida pr'onde foi a lida que ele conheceu
Hoje perguntando para a própria vida pr'onde foi a lida que ele conheceu
Quase um pesadelo, arrepia o pelo do couro curtido do esquilador
Quase um pesadelo, arrepia o pelo do couro curtido do esquilador
Ao cambiar de sorte levou cimbronaço ouvindo o compasso tocado a motor
Ao cambiar de sorte levou cimbronaço ouvindo o compasso tocado a motor
A vida disfarça lembrando a comparsa quando alinhavava o seu próprio chão
A vida disfarça lembrando a comparsa quando alinhavava o seu próprio chão
Envidou os pagos numa só parada, 33 de espada, mas perdeu de mão
Envidou os pagos numa só parada, 33 de espada, mas perdeu de mão
Nesta vida guapa vivendo de inhapa, vai voltar aos pagos para remoçar
Na vida guapa vivendo de inhapa, vai voltar aos pagos para remoçar
Quem vendeu tesouras na ilusão povoeira, volte pra fronteira para se encontrar
Quem vendeu tesouras na ilusão povoeira, volte pra fronteira para se encontrar
A vida disfarça lembrando a comparsa quando alinhavava o seu próprio chão
Envidou os pagos numa só parada, 33 de espada, mas perdeu de mão
Envidou os pagos numa só parada, 33 de espada, mas perdeu de mão
Nesta vida guapa vivendo de inhapa, vai voltar aos pagos para remoçar
Na vida guapa vivendo de inhapa, vai voltar aos pagos para remoçar
Quem vendeu tesouras na ilusão povoeira, volte pra fronteira para se encontrar
Quem vendeu tesouras na ilusão povoeira, volte pra fronteira para se encontrar
Quando é tempo de tosquia já clareia o dia com outro sabor
Quando é tempo de tosquia já clareia o dia com outro sabor
As tesouras cortam em um só compasso enrijecendo o braço do esquilador
As tesouras cortam em um só compasso enrijecendo o braço do esquilador
Nesta vida guapa vivendo de inhapa, vai voltar aos pagos para remoçar
Na vida guapa vivendo de inhapa, vai voltar aos pagos para remoçar
Quem vendeu tesouras na ilusão povoeira, volte pra fronteira para se encontrar
Quem vendeu tesouras na ilusão povoeira, volte pra fronteira para se encontrar
Quando é tempo de tosquia já clareia o dia com outro sabor
As tesouras cortam em um só compasso enrijecendo o braço do esquilador
As tesouras cortam em um só compasso enrijecendo o braço do esquilador
Nesta vida guapa vivendo de inhapa, vai voltar aos pagos para remoçar
Na vida guapa vivendo de inhapa, vai voltar aos pagos para remoçar
Quem vendeu tesouras na ilusão povoeira, volte pra fronteira para se encontrar
Quem vendeu tesouras na ilusão povoeira, volte pra fronteira para se encontrar
Volte pra fronteira para se encontrar
Volte pra fronteira para se encontrar
Volte pra fronteira para se encontrar
Volte pra fronteira para se encontrar
Volte pra fronteira para se encontrar
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