"... era um passado que mudava à medida que ele prosseguia a sua viagem, porque o passado do viajante muda de acordo com o itinerário realizado, não o passado recente ao qual cada dia que passa acrescenta um dia, mas um passado mais remoto. Ao chegar a uma nova cidade, o viajante reencontra um passado que não lembrava existir; a surpresa daquilo que você deixou de possuir revela-se nos lugares estranhos, não nos conhecidos."
Ítalo Calvino. As Cidades Invisíveis. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
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