Jornal Rio Grande, 14 de março de 1956. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
Na edição do jornal Rio Grande de 14 de março de 1956 está em pauta a questão do plantio de oliveiras em Rio Grande. Já na década de 1930 se buscou desenvolver este plantio que foi incentivado em 1948 pelo serviço oleícola da Secretaria da Agricultura do RS. A experiência realizada no Posto de Cooperação Agrícola no Povo Novo deve ter sua raiz neste projeto de 1948. A matéria do jornal explicita que os resultados não estavam sendo promissores.
Várias tentativas, inclusive difusas (em ruas da cidade, terrenos particulares, praças, estacionamento da Furg, área do Distrito Industrial etc) pareciam indicar que algumas plantas sobreviviam e davam alguns frutos. Porém, a oliveira para fins comerciais necessita de muito mais do que o florescimento espontâneo.
Buscando uma explicação técnica para o fracasso, fiz uma leitura do livro "Zoneamento edafoclimático da olivicultura para o Rio Grande do Sul / editores técnicos José Maria
Filippini Alba et al. – Brasília, DF: Embrapa, 2013. / editores técnicos José Maria
Filippini Alba et al. – Brasília, DF: Embrapa, 2013.
Este estudo explicita cientificamente os fatores que levam o município do Rio Grande a estar inserido na classificação de não recomendado para este plantio (cor laranja no mapa). Estas condições climáticas não propícias abarcam todo o litoral do Rio Grande do Sul e outras área da Depressão Central, Serra Gaúcha etc.
O plantio da azeitona tem tido um incremento nos últimos anos em 55 municípios do Rio Grande do Sul, muitos dos quais, da Metade Sul. Hoje, o Rio Grande do Sul já é o maior produtor brasileiro de oliveiras.
Zoneamento edafoclimático da olivicultura para o Rio Grande do Sul / editores técnicos José Maria Filippini Alba et al. – Brasília, DF: Embrapa, 2013. |
Recomendo aos interessados, a leitura deste livro em formato digital, inclusive para acessar este mapa (imagem acima) em alta qualidade. O material pode ser acessado no endereço:
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