Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
Há alguns anos, o jornal Agora publicou uma matéria sobre a retirada de alguns trechos do calçada da Praça Sete de Setembro para realizar um concerto e não ocorreu a recolocação das pedras portuguesas no lugar.
O jornal Rio Grande de 23 de março de 1956 denunciou que a calçada portuguesa foi retirada com "martelo, picareta ou enxada, estraçalharam o enfeite do canteiro central, aquele localizado na frente da E. N. Juvenal Miller". O jornal Rio Grande chama de "vandalismo oficial" a atuação de um setor da Prefeitura que realizou esta destruição.
Esta calçada portuguesa foi colocada no local no mesmo ano em que foi inaugurado o monumento ao Barão do Rio Branco: 1925.
Cartão-postal da Praça Sete de Setembro por volta de 1955 (pouco antes do "vandalismo"). |
A calçada ou mosaico português, também chamado no Brasil de "pedra portuguesa" tem uma história que recua a primeira metade do século XIX: "no ano de 1842, o Governador de Armas do Castelo de São Jorge, tenente-general Eusébio Pinheiro Furtado, que era um engenheiro e conhecedor das técnicas de construção romanas, ordenou que fosse “calcetada” a Praça do Castelo de São Jorge utilizando pedras de calcário branco e basalto negro. A mão de obra utilizada foram os presos da cadeia do Limoeiro, chamados de ‘’grilhetas’’. Esta então criada a primeira calçada decorativa, mais conhecida hoje por Calçadas Portuguesas" (https://nacionalidadeportuguesa.com.br/2019/10/28/calcada-portuguesa-historia-e-arte/).
O desenho do calçadão do Rossio representa o encontro das águas doces do Tejo com o Oceano Atlântico. Foi a fonte de inspiração para a construção do calçadão de Copacabana pelo prefeito Pereira Passos em 1906. De Portugal veio calcita branca e basalto negro para sua edificação.
Calçada portuguesa no Rossio, Lisboa. https://nacionalidadeportuguesa.com.br/wp-content/uploads/2019/10/calcadas-portuguesas-04.jpg |
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