Porto do Rio Grande em 1908

Porto do Rio Grande em 1908

segunda-feira, 13 de abril de 2020

A INFLUENZA E SUAS PRIMAS-IRMÃS EM 1890

Influenza chegando a Rio Grande. Bisturi, 09-03-1890. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

      O assustador trio que lembra dementadores com suas ceifadeiras (cortadoras da vida) chegam a Rio Grande conduzidos pela Influenza (Gripe Russa), Tifo e a perniciosa (figura nociva a saúde - ligada a falta de hábitos higiênicos da população). Esta era uma forma muito usada para representar pestes, epidemias ou doenças que assolavam uma localidade. 
    O Bisturi, como era comum na época, associava a proliferação das doenças com as péssimas condições de higiene da população. 
      Na mesma página da charge produz estes outros cenários que alimentavam o mal epidêmico. 
      
      1)O jornal destacava a insalubridade das ruas pois as áreas alagadiças da cidade, que eram muitas, eram aterradas com lixo.




       2)A proliferação dos "cortiços" garantiria a boa recepção das "senhoras" que traziam as pestes (conforme primeira imagem no alto).   Também é feito referências aos "miasmas" que seriam putrefações que vaporizariam e transmitiram doenças. 




      3)O lixo era jogado nos páteos, quintais e pelas ruas durante à noite. Este material poderia, conforme teorias defendidas desde o século XVIII, produzir miasmas. De fato, o jornal evidencia defender ações de Medicina Social buscando higienizar os espaços públicos para combater as doenças. Estas políticas se intensificam no Brasil na primeira década do século XX, inclusive com campanhas de vacinação, dizimação de mosquitos e caça aos ratos. A figura dos médicos higienistas, como Osvaldo Cruz, foram se consolidar no Brasil.  


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