Ver uma gota
de água através de um microscópio era uma diversão popular oferecida pelos
artistas ambulantes, que costumavam levar microscópios em caixas, que carregavam
nas costas. Nesta caricatura, a figura do artista ambulante, no canto inferior extremo à esquerda, tira seu chapéu diante de uma bomba de
água e diz: "Prazer em vê-la, espero lhe encontrar em todas as paróquias
de Londres". No título, lê-se: "Microcosmo. Dedicado às Companhias de
Água de Londres 1 - Produziu todas as coisas prodigiosas e monstruosas, 2 -
Hidras e górgones, quimeras apavorantes. Vide Milton." O último é uma
referência à Paraíso Perdido, de Milton.
In: Biblioteca Welcome. https://content.wdl.org/3956/thumbnail/1431369155/616x510.jpg
Esta caricatura, de 1828, mostra uma mulher olhando em um microscópio a
fim de observar os monstros que nadam em uma gota da água de Londres. Na década
de 1820, grande parte da água potável de Londres era proveniente do Rio Tâmisa, que era extremamente poluído pelos esgotos da
cidade, os quais se esvaziavam nele. A Comissão nomeada para investigar a
situação do Abastecimento de Água de Londres expediu um relatório em 1828, que resultou em várias melhorias. As cinco companhias de água que
serviam a margem norte do rio, melhoraram a qualidade de sua água construindo reservatórios e tomando outras providências. Porém, os residentes de
Southwark (na margem sul do rio), continuaram a receber água contaminada. Os problemas só
foram resolvidos na década de 1860, ocasião em que o atual sistema de esgoto de
Londres foi instalado pelo Conselho Metropolitano de Obras (MBW) e seu
engenheiro, Joseph Bazalgette. Entre o surgimento desta caricatura e da
conclusão dos esgotos pelo MBW, Londres foi atacada por duas epidemias de
cólera: em 1832 (parte da pandemia mundial da cólera) e em 1854. Fonte: https://www.wdl.org/
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