Porto do Rio Grande em 1908

Porto do Rio Grande em 1908

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

COMÉRCIO NOS PRIMÓRDIOS DO SÉCULO XIX -3

Jean Debret, carne seca. Casa comercial de venda de charque em Rio Grande. Década de 1820.

         
Nas primeiras décadas do século XIX, Rio Grande era o principal centro de comércio da Capitania, estando o crescimento socioeconômico ligado diretamente ao movimento portuário, o qual repercutiu num aumento da demanda de serviços portuários e de reparos de navios o que constituiu uma fonte de geração de empregos. Surgiu uma elite comercial muitas vezes associada aos setores de produção do interior da Freguesia ou da Capitania. A formação desta elite remonta a década de 1780. 
        John Luccock, em 1809, considerou Rio Grande como “o maior mercado do Brasil Meridional” destacando que os principais negociantes da Capitania estavam estabelecidos na Vila. O progresso e o desenvolvimento da Vila do Rio Grande advieram da sua função comercial e da ação interessada e direta de seus comerciantes, diante de seus problemas mais graves, substituindo a inércia a que a câmara local se via obrigada em razão de contar com rendimentos que não garantiam, sequer, a sua própria manutenção.[1]



[1] QUEIRÓZ, Maria Luiza B. A Vila do Rio Grande de São Pedro. Rio Grande: Edfurg, 1987, p. 156.

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