Porto do Rio Grande em 1908

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domingo, 24 de novembro de 2019

RIO GRANDE NOS PRIMÓRDIOS DO SÉCULO XX –CONDIÇÕES HIGIÊNICAS

Operários na Leal Santos. Acervo: Museu da Cidade do Rio Grande. 

         O índice de mortalidade infantil era dos piores do mundo para aquele período, pois, cerca de 50% das crianças que nasciam acabavam falecendo até os dois anos de idade. As crianças morriam pelas precárias condições de higiene e devido à desnutrição. Alimentos deteriorados ou impróprios para o consumo - como o leite contaminado - aumentavam o problema. Daí que a maior causa de morte infantil era o aparelho digestivo. As precárias condições de informação e escolaridade da população adulta (mais de 50% eram analfabetos) favoreciam as péssimas condições higiênicas nos cuidados das crianças. As adulterações de produtos como o leite era comum além deste já ser consumido deteriorado pelas dificuldades de conservação e pela ausência de refrigeração. Entre os adultos a maior causa mortis está ligada aos problemas respiratórios em especial, a tuberculose pulmonar. A expansão industrial com as atividades coletivas realizadas em espaços restritos contribuiu para a difusão e os altos índices de tuberculose. A doença estava num processo crescente de aumento anual de vítimas e infectados pois a tuberculose, sob as suas diferentes formas clínicas, fez 225 vítimas, aumentando de ano a ano a mortalidade por esse flagelo que medidas de profilaxia não conseguiam evitar. A expansão industrial com as atividades coletivas realizadas em espaços restritos contribuiu para a difusão e os altos índices de tuberculose.

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