Parto da premissa de que a
fotografia é um documento histórico que remete a abordagens compatíveis a este
objeto.
Um documento escrito ou fotográfico não é o passado em si! É possível
imaginar imagens a partir da leitura de um texto repleto de detalhes e de uma
rica estrutura narrativa; também é possível fazer uma leitura gráfica e
converter as imagens em textos escritos e em interpretações. Ambos documentos
foram produzidos por personagens que se fundam na historicidade que é esta
capacidade de dar sentido aos signos que buscam organizar a trajetória humana
em sociedade.
Os escritos ou as imagens são documentos históricos que
necessitam a leitura de seus fundamentos para serem redimensionados frente às
motivações psicossociais do presente mediadas pelo proceder científico.
O
proceder investigativo no presente fará uma releitura do passado representado
nestes documentos e buscará desvelar a compreensão da definição de mundo que se
desejou criar ou que se fez expressar.
Uma releitura é uma recriação! Não é um
ponto final na interpretação, mas, a abertura para que diferentes olhares e
referenciais interpretem as imagens e produzam explicações.
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