Porto do Rio Grande em 1908

Porto do Rio Grande em 1908

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

A MORTE DE VARGAS


        No dia 24 de agosto de 1954, uma terça-feira, o presidente Getúlio Vargas se suicidou. Desde 1930, ele obtivera projeção nacional e o respeito de milhões de admiradores e correligionários. Sua morte provocou perplexidade e revolta, frente ao complexo quadro de desgaste político em que estava envolto.
Em Rio Grande, uma cidade com forte presença operária, sua morte foi recebida com consternação.  O jornal “O Tempo” (24 e 27 de agosto) fez uma ampla cobertura da recepção de sua morte e deixou, em sua manchete, relatos das intensas mobilizações: “silêncio, flores e lágrimas na grandiosa passeata noturna; milhares de olhos choraram; a homenagem da Cidade Nova”. A passeata tomou as ruas da cidade percorrendo do Sindicato de Carnes e Derivados na rua Benjamin Constant, se deslocando entre a rua Marechal Floriano até a rua Cristóvão Colombo, passando por pessoas que ficavam aglomeradas nas calçadas.
O cortejo dirigiu-se à Estátua da Liberdade (Praça Xavier Ferreira) para realizar as homenagens. Coroas de Flores foram depositadas no pedestal. No topo do monumento, foram colocadas milhares de flores, em especial, pelo operariado rio-grandino. Carlos Santos, um excelente orador, fez um discurso de improviso que “arrancou mais lágrimas do povo”. “O Tempo”, como ocorreu com várias publicações naqueles dias, publicou a carta de despedida do presidente Vargas.  
Ilustrações: Jornal “O Tempo” de 24 e 27 de agosto de 1954. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense.




Nenhum comentário:

Postar um comentário