Em Rio Grande, uma cidade
com forte presença operária, sua morte foi recebida com consternação. O jornal “O Tempo” (24 e 27 de agosto) fez uma
ampla cobertura da recepção de sua morte e deixou, em sua manchete, relatos das
intensas mobilizações: “silêncio, flores e lágrimas na grandiosa passeata
noturna; milhares de olhos choraram; a homenagem da Cidade Nova”. A passeata
tomou as ruas da cidade percorrendo do Sindicato de Carnes e Derivados na rua
Benjamin Constant, se deslocando entre a rua Marechal Floriano até a rua Cristóvão
Colombo, passando por pessoas que ficavam aglomeradas nas calçadas.
O cortejo dirigiu-se à
Estátua da Liberdade (Praça Xavier Ferreira) para realizar as homenagens.
Coroas de Flores foram depositadas no pedestal. No topo do monumento, foram
colocadas milhares de flores, em especial, pelo operariado rio-grandino. Carlos
Santos, um excelente orador, fez um discurso de improviso que “arrancou mais
lágrimas do povo”. “O Tempo”, como ocorreu com várias publicações naqueles
dias, publicou a carta de despedida do presidente Vargas.
Ilustrações: Jornal “O Tempo”
de 24 e 27 de agosto de 1954. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense.
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