No dia 7 de
outubro completa 170 anos da morte de Edgar Allan Poe. O distante ano de 1849
não assinalou o fim de uma trajetória mas sim o início de um legado literário.
A obra de Poe continua a ser publicada e debatida, constituindo num dos
referenciais para o horror psicológico, a literatura fantástica e a literatura
policial.
As circunstâncias
da morte permanecem um mistério. Poe morreu com 40 anos e foi encontrado
vagando delirantemente pelas ruas de Baltimore sendo levado para um hospital
sem conseguir explicar sobre o seu estado de saúde. Sua vida se encerrou como
sua obra: repleta de indagações e de profunda melancolia. As tragédias
acompanharam sua trajetória de vida, inclusive no ano de 1847, sua esposa
Virginia morrera de tuberculose depois de um longo sofrimento.
Seus últimos meses
de vida foram muito torturantes. Em carta de 19 de julho de 1849),
ele afirmou: "Durante mais de dez dias estive totalmente transtornado,
fora de mim, ainda que não tenha bebido uma só gota [de álcool]; durante esse
lapso, imaginei as calamidades mais atrozes. Foram somente alucinações,
consequência de um ataque como jamais havia experimentado em minhas carnes, um
ataque de mania-à-potu [delirium tremens]."
Charles
Baudelaire, amigo de Poe, buscou divulgar a sua obra na França e publicou as
Histórias Extraordinárias que continuam a ser reeditadas.
Envolto em
mistério insondável a sua morte está em sintonia com sua obra gótica e fundada
no romantismo sombrio.
Daguerriótipo de Poe em 1848. |
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