A área hoje ocupada pela Igreja do Bomfim e pela praça a sua frente,
apresentava outra fisionomia e funcionalidade em meados do século XIX. Quando de
sua construção, o cemitério do Bomfim estava afastado do centro urbano, numa
área para os lados dos pântanos da Mangueira que se estendiam em direção ao
atual Lar Gaúcho.
A entrada do cemitério era pela rua da Alfândega (atual
Andradas) enquanto a rua do Castro (atual Duque de Caxias) ficava fechada por
maricás e pelo muro com as catacumbas. Chegando a rua Vice-Almirante Abreu era
necessário seguir em direção a rua dos Andradas para ter acesso ao portão de
entrada.
Com o início dos enterramentos no cemitério extra-muros em 12 de
dezembro de 1855, o cemitério do Bomfim ficou desativado com os seus túmulos
cercados pela cidade que avançava em acelerado processo urbano. A demolição dos
muros do cemitério teve início em 25 de janeiro de 1882. Foram enterrados no
cemitério 5.570 pessoas.
Aquarela de Wendroth retratando o cemitério e a capela
em 1852.
Nenhum comentário:
Postar um comentário