Porto do Rio Grande em 1908

Porto do Rio Grande em 1908

terça-feira, 1 de outubro de 2024

NA TERRA DE MATUSALÉM

 

https://hemeroteca-pdf.bn.gov.br/829447/per829447_1911_00023.pdf

O Almanak Literário e Estatístico do Rio Grande do Sul para o ano de 1911, traz muitas notas de falecimento de pessoas com grande longevidade. Em outros anos do Almanak também são citados inúmeros casos. 

Ou a aritmética passava ao largo dos cálculos, ou não havia certidão de nascimento gerando confusões ou o Rio Grande do Sul era a terra de Matusalém (personagem bíblico que teria vivido 969 anos). 

Exemplo está em Vacaria, onde a Dona Maria Eufrasia, a Missioneira, faleceu com 134 anos. Superando esta marca temporal, em Porto Alegre, a africana Guilhermina da Conceição faleceu com 135 anos. Três possíveis amigas compareceram no enterro: as três jovens tinham apenas 98, 102 e 106 anos! 

PRAGA DE RATOS (1908)

https://hemeroteca-pdf.bn.gov.br/829447/per829447_1911_00023.pdf
Almanak Literário e Estatístico do Rio Grande do Sul para 1911. 

 Notícias do dia 25 de  junho de 1908 davam destaque para a praga de ratos que assolava Barra do Ribeiro, São Lourenço, Camaquã, Taquara e outras localidades do Rio Grande do Sul. 

Além de devorar a plantação, os roedores também invadiam as casas com grandes prejuízos ao roerem objetos. Além do perigo de atacarem as pessoas durante o sono. 

Observação de antigos moradores relataram que a infestação tinha uma periodicidade de a cada 30 anos quando ocorria a florescência dos taquarais. 

BANCO DA PROVÍNCIA EM RIO GRANDE (1908)

 

Fotografia do monumental prédio do Banco da Província entre 1908-1910. 

Em 10 de maio de 1908 foi inaugurado o novo edifício da caixa filial do Banco da Província na cidade do Rio Grande. 

Este prédio, localizado na esquina das Ruas Marechal Floriano e Benjamin Constant, foi um dos mais belos registros arquitetônicos edificados na cidade. 

LUZ ELÉTRICA EM 1908

https://hemeroteca-pdf.bn.gov.br/829447/per829447_1911_00023.pdf

 Três notícias da cidade do Rio Grande do mês de fevereiro de 1908, conforme o Almanak Literário e Estatístico do Rio Grande do Sul (1911). 

No dia primeiro ocorreu a inauguração do serviço de iluminação à luz elétrica. Foi um teste inicial em poucos locais. 

No dia dez, a notícia do falecimento de dois africanos moradores da cidade e que tinham mais de cem anos. 

No dia onze de fevereiro foi assinado o decreto que aprovou planos, plantas e orçamentos para a construção do novo Porto e das obras dos Molhes da Barra do Rio Grande. Os trabalhos tiveram início em 1910 e foram realizados pela Companhia Francesa do Porto do Rio Grande. 


FAROL DO ESTREITO

 

https://hemeroteca-pdf.bn.gov.br/829447/per829447_1911_00023.pdf
Almanak Literário e Estatístico do Rio Grande do Sul para 1911. 

No dia 19 de março de 1908 foi inaugurado o Farol do Estreito para sinalização na Lagoa dos Patos. Abaixo, um cartão-postal do então Farol do Estreito em Pelotas. Cerca de 1930. 


 

A FUNDAÇÃO DE PELOTAS

 

https://hemeroteca-pdf.bn.gov.br/829447/per829447_1912_00024.pdf

Esta matéria publicada no Almanak Literário e Estatístico do Rio Grande do Sul para 1912, contempla alguns aspectos da formação inicial de Pelotas até a sua elevação ao estatuto de cidade em 1835. 

A primeira ata da Câmara Municipal de São Francisco de Paula (1832) foi reproduzida. 

A elevação de Vila para cidade de Pelotas em 27 de junho de 1835 foi acompanhado de polêmica em relação ao nome da localidade. Houveram as propostas de Pelotapes, Calopolis e Próspera Cidade. Venceu o nome Pelotas

CASSINO EM 1897

 

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Conforme o jornal Diário do Rio Grande do dia 7 de fevereiro de 1897, o Balneário Cassino estava vivendo um ótimo momento. 

Depois do sufoco da Revolução Federalista (1893-1895) os veranistas estavam lotando o Quadro (40 casas para aluguel) e o Hotel Cassino

Banhistas de Porto Alegre e Pelotas buscavam o balneário que era o único no Rio Grande do Sul a oferecer uma estrutura para banhos de mar. A proximidade do carnaval era outro fator de atração. 

POPULAÇÃO BRASILEIRA EM 1885

https://memoria.bn.gov.br/

No Annuario da Província do Rio Grande do Sul para o ano de 1885, foi publicada esta tabela comparativa das províncias brasileiras na ordem de sua população e superfície. 

O Rio Grande do Sul aparece em sétimo lugar com aproximadamente 500 mil habitantes. Havia divergências nos cálculos da população devido a ausência ou falta de rigor nos recenseamentos. 

SINETES DE BORRACHA (1891)

 

https://books.googleusercontent.com/books

No Annuario da Província do Rio Grande do Sul para o ano de 1891 está este anúncio. 

Trata-se de sinetes de borracha ou carimbos da Gundlach & C. de Porto Alegre. 

A utilização de carimbos já foi muito difundida entre o século XIX e grande parte do século XX. Foi caindo em desuso frente às novas tecnologias digitais. 

A LENDA DA ABÓBORA

 

https://hemeroteca-pdf.bn.gov.br/829447/per829447_1912_00024.pdf

A Lenda da Abóbora foi publicada no Almanak Literário e Estatístico do Rio Grande do Sul para 1912. 

Não foi detalhada a origem desta lenda e nem o grupo indígena em que foi obtida. Porém, indica tratar-se dos Tupis ou Tupi-Guaranis por referências a palavras como: igaçaba, caúan ou cauã, juriti, pagés, tuxaua e sapucaia.

Para povos horticultores de floresta tropical e subtropical como os Tupi-Guaranis, a abóbora tem um papel muito relevante na alimentação. A ponto dela ter dado origem ao mar. Imaginei os grãos de abóbora como sendo os peixes que escapavam do seu interior.