https://memoria.bn.gov.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=825310&pagfis=3 |
A proposta deste blog é instigar a leitura, o conhecimento e a investigação dos processos históricos. Livros com temas ligados a História do RS e Hist. do Município do Rio Grande estão disponíveis para leitura ou baixar (basta clicar em cima da imagem da capa do livro ou copiar o link com o botão direito do mouse). Também serão abordados temas de "História e Terror", "Literatura Fantástica", "Graphic Novel-HQ" etc. Administradora: Rejane Martins Torres. Facebook: Professor Torres
Porto do Rio Grande em 1908
quinta-feira, 17 de outubro de 2024
TRENS PARA A COSTA DO MAR EM 1893
ESTRADA DE FERRO RIO GRANDE A BAGÉ (1885)
https://memoria.bn.gov.br |
POPULAÇÃO DE RIO GRANDE EM 1922
Anuário Estatístico do Rio Grande do Sul para 1922. http://memoria.org.br/pub/meb000000510/anuario1922rs2/anuario1922rs2.pdf |
Esta é a população de 28 cidades do Rio Grande do Sul no ano de 1922.
Rio Grande aparecia como a sétima mais populosa com 45.010 habitantes.
A capital, Porto Alegre tinha 204.560 e, a mais populosa do interior era Pelotas, com 80.780 habitantes.
LEMOS JUNIOR (1885)
Annuario da Província do Rio Grande do Sul para 1885. https://memoria.bn.gov.br/ |
Trata-se do grande empório de Calçado e outros produtos importados propriedade de A.M.de Lemos Junior. Estava estabelecido na Rua dos Príncipes (atual General Bacelar) na cidade do Rio Grande.
Lemos Junior é benemérito que esteve à frente dos esforços de criação do Ginásio Municipal Lemos Junior em 1906.
quarta-feira, 16 de outubro de 2024
BENTO GONÇALVES E JÚLIA LOPES DE ALMEIDA
Cartão-postal monumento Bento Gonçalves. R. Strauch/Livraria Rio-Grandense, 1910. https://bvcolecionismo.lel.br/ |
A escritora Júlia Lopes de Almeida, ao visitar Rio Grande em 1918, deixou este registro de sua contemplação ao monumento-túmulo de Bento Gonçalves da Silva.
O texto foi retirado do livro da autora Jornadas no meu país. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1920.
"Atravessávamos o bonito jardim da Praça Tamandaré, quando parei, de súbito, vendo diante de mim a estátua de Bento Gonçalves, toda destacada no fundo violáceo da manhã fria. O coração bateu-me no peito. Há muito que eu não sentia uma emoção de arte, e creio que escandalizei com as minhas incontidas exclamações de entusiasmo os poucos pássaros que por ali se entretinham a debicar nos gramados tostados pela geada. Já em Porto Alegre Filipe de Oliveira me tinha falado com emoção desta escultura do grande mestre que é Teixeira Lopes. Conhecendo a sua obra, e admirando nela tudo quanto de mais prodigioso, sugestivo e belo podem realizar o talento, o sentimento e a técnica de um artista tão excepcional como ele é, foi ainda assim no abalo de uma maravilhosa surpresa, como se a cousa fosse inesperada, que eu contemplei esse monumento, digno de uma bela, de uma grande capital de arte. Em pé, no alto de um pedestal de linhas harmoniosas, o guerreiro Bento Gonçalves, fardado de general, aperta com o braço esquerdo, freneticamente de encontro ao peito a bandeira que toda lhe escorre pelo flanco, enquanto com o outro braço estendido, segura na destra a espada nua, que se desenha no ar em linha oblíqua. Ergue-se-lhe a cabeça num gesto altivo, sente-se-lhe a voz imperativa na boca aberta e fremente; todo ele é força viva, todo ele é vibração, todo ele significa: coração para amar, braço para defender, voz para aclamar a Pátria! A seus pés, a meio pedestal, lutam dois formosíssimos leões, símbolos da Monarquia e da República. Esta está subjugada, mas não morta. Sente-se-lhe na dureza do bronze o latejar da carne, a nervosidade da cauda, o desespero das garras crispadas e que fazem prever que de um instante para o outro, o papel dos lutadores possa ser invertido; o outro leão, em atitude altiva de rancor e de orgulho, pousa as patas dianteiras sobre o ventre do inimigo, e olha para diante com expressão de domínio e de ódio. O escultor profético não dilacerou a fera vencida; ela está por terra mas toda ela é vida que se contrai, que sofre, mas que espera. E o que ela conseguiu, todos nós o sabemos. Bastaria esta hora de contemplação, que passou tão rápida mas que se cristalizou para sempre na minha memória, para me dar por feliz nesta viagem. São raros, mesmo nas capitais mais artísticas do mundo, monumentos de praça pública que saibam aliar, como este alia, a harmonia á majestade e a expressão do sentimento á perfeição técnica da obra. Abençoado quem se lembrou de confiar ao artista, que é hoje não uma glória de Portugal mas uma glória da Europa, o que equivale a dizer do mundo, a execução de tamanha homenagem. Pegam-se-me os pés ao chão; é pela urgência das circunstâncias que, fazendo violência sobre mim mesma, abandono o meu posto de admiração feliz. E até entrar no carro, ao atravessar a praça Tamandaré, volto a cabeça para ver, enquanto posso, a estátua admirável".
BIBLIOTECA RIO-GRANDENSE EM 1885
https://memoria.bn.gov.br |
O Annuario da Província do Rio Grande do Sul (1885) redigido pelo intelectual Graciano de Azambuja, dedicou uma página a Biblioteca Rio-Grandense.
A Biblioteca era um local muito frequentado para a consulta de obras, empréstimo de livros, leitura de jornais, frequência gratuita as aulas noturnas, conferências e espaço de sociabilidade.
A Biblioteca Rio-Grandense é uma referência intelectual e educativa que trabalha para o desenvolvimento local desde 1846.
RIO GRANDE A BAGÉ
Almanak Encyclopedico Sul-Rio-Grandense (1898). Acervo: https://memoria.bn.gov.br/ |
LLOYD BRAZILEIRO (1898)
Almanak Encyclopedico Sul-Rio-Grandense (1898). Acervo: https://memoria.bn.gov.br/ |
LIVRARIA EVANGÉLICA (1885)
https://memoria.bn.gov.br/ |
Minha hipótese é que se trata de uma livraria que funcionou na cidade do Rio Grande na década de 1880. Lamento desconhecer a sua história. Considero ser Rio Grande e não Porto Alegre (pois estava numa sequencia de anúncios somente de Porto Alegre...) devido ao fato de ter existido em Rio Grande uma livraria com este nome e neste período.
Outro motivo é por trazer abaixo da razão social "Rio Grande do Sul" uma forma de se referir a "cidade do Rio Grande" e não a "Província do Rio Grande do Sul". Isto gerou uma desagradável confusão que fez com que Rio Grande do Sul sempre fosse associado a Porto Alegre e não a cidade do Rio Grande.
Terceiro aspecto é que Ricardo Strauch trabalhou na Livraria Evangélica e quando se retirou da sociedade, fundou a famosa Livraria Rio-Grandense (em 1887) a qual funcionou até 1942. Foi um dos mais competentes editores e gráficos que atuaram no Rio Grande do Sul.
Chama a atenção que várias obras estavam sendo publicadas pela Livraria Evangélica, demonstrando um razoável fôlego que incita a buscar um arrolamento da produção realizada durante a sua existência.
ARTIGOS VETERINÁRIOS
LEAL SANTOS (1897)
https://memoria.bn.gov.br/ |
terça-feira, 15 de outubro de 2024
MOTORES (1896)
https://memoria.bn.gov.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=829447&pagfis=2048 Almanak Literário e Estatístico do Rio Grande do Sul para 1896. |
Esta agência comercializava os verdadeiros motores Otto.
O alemão Nikolaus August Otto (1832-1891) foi o inventor do motor de combustão interna do ciclo de Otto em 1876. Trata-se de um motor de combustão interna de quatro tempos. Em poucos anos vendeu mais de 35 mil motores e foi se tornando uma referência tecnológica.
MÁQUINA DE COSTURA WHITE (1896)
segunda-feira, 14 de outubro de 2024
CORRÊA & NOVA (1896)
https://memoria.bn.gov.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=829447&pagfis=2032 Almanak Literário e Estatístico do Rio Grande do Sul para 1896. |
A sucursal ficava em Rio Grande sob responsabilidade da Espirito Santo & C.
O COBERTORZINHO DE MOSTARDAS EM RIO GRANDE
Cobertor de Mostardas. https://www.facebook.com/p/Artesanato-Cobertor-Mostardeiro-100063487665954/ https://www.facebook.com/photo/?fbid=1060471332745779&set=a.522375826555335 |
O conto de J. Simões Lopes Neto, O Cobertorzinho de Mostardas, tem início na cidade do Rio Grande. A segunda parte do conto e, muito rápida, se passa em Mostardas onde é adquirido o cobertor. A terceira em Bagé onde ocorre o desenlace da história.
Reproduzo a seguir, a parte relativa ao personagem Romualdo trabalhando num armazém em Rio Grande: