Porto do Rio Grande em 1908

Porto do Rio Grande em 1908

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

BONDES EM 1893

 

https://memoria.bn.gov.br/DocReader/docreader.aspx?bib=825310&pesq=&pagfis=4

Companhia Carris Urbanos publicou os horários, linhas e valores de bondes que circulavam por Rio Grande. 

O anúncio foi publicado no jornal Rio Grande do Sul do dia 2 de janeiro de 1893. São os mesmos valores praticados em 1892.  

terça-feira, 5 de novembro de 2024

VICTORINO CHERMONT DE MIRANDA E A CARTOFILIA



Reproduzo abaixo a mensagem recebida do advogado, pesquisador e genealogista Victorino Chermont de Miranda, autor de vários livros, inclusive na área de Cartofilia. Ele 

E esta área, para a pesquisa histórica, ainda é um pouco solitária no Brasil. Tenho tentado mostrar o seu potencial no Rio Grande do Sul com o rastreamento de editores e temáticas emitidas. Nesta direção, as palavras de incentivo foram por mim recebidas com muito apreço. Victorino desde 2019 é o presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro com sede no Rio de Janeiro.  


Prezado:
Recebi seu livro de cartões postais sobre o porto do Rio Grande Neto de gaúchos (família Mariante, de Porto Alegre), colecionador de postais de Belém, Pará (filho que sou de paraense), com dois livros publicados sobre o tema, e um dos fundadores da extinta Associação de Cartofilia do Rio de Janeiro - ACARJ, não preciso dizer-lhe o quanto apreciei sua pesquisa.

Infelizmente, a cartofilia voltou a desaparecer, devorada por um colecionismo de acumulação de exemplares, sem nenhuma preocupação com a memória da cidade e com a história dos editores locais, com a correlata publicação dos exemplares encontrados.

Sugiro-lhe, por isto mesmo, que dê conhecimento de seu trabalho ao Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul e tente localizar outros colecionadores de seu estado para tentar resgatar os exemplares dos diversos editores gaúchos e pô-los a salvo da dispersão, quem sabe até publicando o que encontrarem.

Cordialmente.
Victorino Chermont de Miranda



Foram reproduzidas a capa e duas páginas do livro de autoria de Victorino Chermont de Miranda e Maria Angela Leal. Saudades de um Brasil antigo: a fotografia nos cartões-postais da biblioteca Oliveira Lima. Rio de Janeiro: Editora Capivara, 2011.

DROGARIA INGLESA (1891)

https://books.googleusercontent.com/books/

 Annuario da Província do Rio Grande do Sul para 1891 traz este anúncio da Drogaria Inglesa de Hallawell & Cia. Com casas em Porto Alegre e Rio Grande. 

Na cidade do Rio Grande era uma das mais tradicionais casas a atuar com produtos farmacêuticos e homeopatia. 

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

VIAGENS À VAPOR EM 1885

https://memoria.bn.gov.br/

 No ano de 1885, segundo o Annuario da Província do Rio Grande do Sul, estas eram as alternativas de viajar de navio à vapor entre Rio Grande para os destinos: Santa Vitória, Jaguarão e Pelotas. 

Até Pelotas a viagem era pela Lagoa dos Patos até o Porto de Pelotas no Canal São Gonçalo. O Porto de Santa Isabel também fica no Canal São Gonçalo. A viagem prossegue para Santa Vitória do Palmar pela Lagoa Mirim. Para a cidade de Jaguarão o trajeto é pela Lagoa Mirim até ingressar no Rio Jaguarão e seguir por mais 54 quilômetros. 

domingo, 3 de novembro de 2024

COMÉRCIO EM RIO GRANDE EM 1885

https://memoria.bn.gov.br

 O Annuario da Província do Rio Grande do Sul para 1885 traz uma breve informação sobre mais duas empresas que se perderam no esquecimento. 

São objetos efêmeros (os anúncios), mas que um pequeno fragmento desta historicidade pretérita volta à luz!

Trata-se da Loja de Roupa Feita, Miudezas e Bilhetes de Loteria de Telles Junior. Se localizava na Rua Pedro II n. 116 em frente a Igreja do Carmo. A antiga (e demolida em 1928/29) Igreja do Carmo, se localizava na Rua Benjamin Constant esquina Pedro II (Marechal Floriano). Se for "quase em frente" pode ser um dos dois prédios localizados na esquina. Vale a pena pesquisar material fotográfico da época... 

O outro anúncio é da Cigarraria Oriente na Rua Paysandu (atual República do Líbano) e Kiosque Oriente (junto a Alfândega) de Leoncio Francisco da Silva. Junto a Alfândega é inviável, pois, este prédio público ocupa todo o quarteirão nas quatro faces. Possivelmente, trata-se de um kiosque instalado na Praça Xavier Ferreira a poucos metros da Alfândega. 

sábado, 2 de novembro de 2024

RIO GRANDE (1849)

 

https://play.google.com/books

Estas informações sobre Rio Grande remetem ao ano de 1849 e foram publicadas no Annuario do Estado do Rio Grande do Sul para o ano de 1899. 

A publicação traz o seguinte título: "Correções e aditamentos ao Diccionario Geographico Brazileiro de Milliet de Saint-Adolphe, na parte que se refere a então Provincia de São Pedro do Rio Grande do Sul por Leopoldino Joaquim de Freitas (1849)". 

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

CONGRESSO PORTUGUÊS D. LUIZ I

 

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Convocação da associação Congresso Português D. Luiz I sediado em Rio Grande. Publicada no Diário do Rio Grande do dia 20 de fevereiro de 1897. 

A comunidade portuguesa em Rio Grande, especialmente no segmento comercial de exportação e importação, foi muito representativa desde o século XVIII. Esta agremiação buscava agregar luso-brasileiros preservando vínculos de identidade com Portugal. 

O personagem D. Luiz I (1838-1889) foi Rei de Portugal e Algarves entre 1861 até sua morte. Ao longo da vida cultuou as ciências, a música, as artes, a literatura, a fotografia, a pesquisa oceanográfica etc. Governou com princípios liberais e com tolerância frente a organização partidária e a oposição política em Portugal. 

quinta-feira, 31 de outubro de 2024

A JOVEM VAMPIRA DO SÉCULO XVII

Acervo: Institute of Archeology of The Nicolaus Copernicus University, Polônia. 

 

Escavação na Polônia (Pien ao norte de Bidgoszcz) com a placa de 30 de agosto de 2022, mostra o esqueleto de uma mulher apelidada de "Zosia" com uma foice no pescoço e um cadeado no pé. 

Trata-se uma suposta mulher vampira que se buscou imobilizar no pé e na cabeça evitando passeios na condição de morta-viva sugadora de sangue dos vivos.  

É um ritual de enterramento antivampiro muito utilizado na Polônia, Europa Central e Leste Europeu, pelo menos nos últimos 1.000 anos. 

No caso deste esqueleto, o enterramento desta jovem de 18 anos ocorreu a 350 anos e devia tratar-se de um nobre estrangeira num período de guerras.  

O arqueólogo sueco Oscar Nilsson realizou a recriação do rosto da jovem "Zosia": 

Acervo: Oscar Nilsson/Pien Project.  


JACARÉ GIGANTESCO

 

In: https://blog.ambiental.tur.br/purussaurus-brasiliensis-o-jacare-gigante-que-habitou-a-amazonia-ha-8-milhoes-de-anos/

Dia 23 de agosto de 1898: "Referiu a Opinião Publica de Pelotas que, na estância de Affonso Gomes Jardim, em Jaguari, município de Lavras, fora morto em uma sanga um gigantesco jacaré medindo 6 metros de comprimento e 93 centímetros de grossura" (In Almanak Literário e Estatístico do Rio Grande do Sul para 1901). 

Legião de pessoas com mais de 100 e até 130 anos, jacaré com mais de 6 metros: ou os antigos exageravam um pouco na contagem do tempo e nas medições ou os almanaques exageravam para atrair os consumidores. 

Na imagem acima, o recordista em tamanho é o Purusaurus brasiliensis que viveu a 8 milhões de anos na Amazônia e tinha 12 metros de comprimento. Mas um jacaré com seis metros não faria feio... 

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

HALLOWEEN

 
















BONDS URBANOS E SUBURBANOS DO RIO GRANDE (1891)

 

https://books.googleusercontent.com/books/

Publicação dos horários e detalhe de serviço dos "Bonds Urbanos e Suburbanos do Rio Grande" no Annuario da Província do Rio Grande do Sul para o ano de 1891

Bonds Suburbanos se refere a Linha da Mangueira como era chamada a Linha ferroviária para a estação balnear Vila Sequeira/Cassino. 

terça-feira, 29 de outubro de 2024

VINHO NA ILHA DOS MARINHEIROS EM 1908


https://memoria.bn.gov.br/


O Almanak Laemmert do ano de 1910 reproduziu à relação do produtores de vinho da Ilha dos Marinheiros conforme dados de 1908. A produção de vinho estava reduzida devido a uva estar sendo exportada para "Portos do Norte". 

AGÊNCIA DE LEILÕES (1896)

https://memoria.bn.gov.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=829447&pagfis=2054

 Almanak Literário e Estatístico do Rio Grande do Sul para 1896 traz este anúncio da Agência de Leilões de Alfredo Baltar estabelecido em Porto Alegre.

Negociantes da Campanha e das Colônias são convidados a participar dos leilões em que são vendidas fazendas de "toda a espécie" as quais são consignadas pelas principais casas importadoras de Pelotas, Rio Grande, Porto Alegre e algumas casas do Rio da Prata. 

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

JÚLIA LOPES DE ALMEIDA E BENTO GONÇALVES

 

Cartão-postal do monumento a Bento Gonçalves. Acervo: Luiz Henrique Torres. 

Júlia Lopes de Almeida esteve em Rio Grande em junho de 1918. Entre os relatos que deixou registrado em livro, está essa bela passagem das impressões que ficou ao observar o monumento de Bento Gonçalves da Silva. 

A espontaneidade e intensidade que sentiu ao observar a obra de arte, é dos melhores registros da escultura em bronze realizada pelo português Teixeira Lopes e que está instalada no Praça Tamandaré. 


"Atravessávamos o bonito jardim da Praça Tamandaré, quando parei, de súbito, vendo diante de mim a estátua de Bento Gonçalves, toda destacada no fundo violáceo da manhã fria. O coração bateu-me no peito. Há muito que eu não sentia uma emoção de arte, e creio que escandalizei com as minhas incontidas exclamações de entusiasmo os poucos pássaros que por ali se entretinham a debicar nos gramados tostados pela geada. Já em Porto Alegre Filipe de Oliveira me tinha falado com emoção desta escultura do grande mestre que é Teixeira Lopes. Conhecendo a sua obra, e admirando nela tudo quanto de mais prodigioso, sugestivo e belo podem realizar o talento, o sentimento e a técnica de um artista tão excepcional como ele é, foi ainda assim no abalo de uma maravilhosa surpresa, como se a cousa fosse inesperada, que eu contemplei esse monumento, digno de uma bela, de uma grande capital de arte. Em pé, no alto de um pedestal de linhas harmoniosas, o guerreiro Bento Gonçalves, fardado de general, aperta com o braço esquerdo, freneticamente de encontro ao peito a bandeira que toda lhe escorre pelo flanco, enquanto com o outro braço estendido, segura na destra a espada nua, que se desenha no ar em linha oblíqua. Ergue-se-lhe a cabeça num gesto altivo, sente-se-lhe a voz imperativa na boca aberta e fremente; todo ele é força viva, todo ele é vibração, todo ele significa: coração para amar, braço para defender, voz para aclamar a Pátria! A seus pés, a meio pedestal, lutam dois formosíssimos leões, símbolos da Monarquia e da República. Esta está subjugada, mas não morta. Sente-se-lhe na dureza do bronze o latejar da carne, a nervosidade da cauda, o desespero das garras crispadas e que fazem prever que de um instante para o outro, o papel dos lutadores possa ser invertido; o outro leão, em atitude altiva de rancor e de orgulho, pousa as patas dianteiras sobre o ventre do inimigo, e olha para diante com expressão de domínio e de ódio. O escultor profético não dilacerou a fera vencida; ela está por terra mas toda ela é vida que se contrai, que sofre, mas que espera. E o que ela conseguiu, todos nós o sabemos. Bastaria esta hora de contemplação, que passou tão rápida mas que se cristalizou para sempre na minha memória, para me dar por feliz nesta viagem. São raros, mesmo nas capitais mais artísticas do mundo, monumentos de praça pública que saibam aliar, como este alia, a harmonia á majestade e a expressão do sentimento á perfeição técnica da obra. Abençoado quem se lembrou de confiar ao artista, que é hoje não uma glória de Portugal mas uma glória da Europa, o que equivale a dizer do mundo, a execução de tamanha homenagem. Pegam-se-me os pés ao chão; é pela urgência das circunstâncias que, fazendo violência sobre mim mesma, abandono o meu posto de admiração feliz. E até entrar no carro, ao atravessar a praça Tamandaré, volto a cabeça para ver, enquanto posso, a estátua admirável" (Júlia Lopes de Almeida. Jornadas no meu país. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1920).  

NAVEGAÇÃO NO RIO JACUÍ (1885)

Annuario da Província do Rio Grande do Sul para 1885. https://memoria.bn.gov.br/

 Navegar no vapor D. Pedro, "com magníficas acomodações para passageiros" deveria ser uma experiência marcante num período de restrita devastação ambiental na Bacia Hidrográfica do Rio Jacuí. 

Partir de Porto Alegre e navegar para Rio Pardo, Cachoeira, Jacuhy (Restinga Seca) e outros portos era desbravar parte considerável do maior rio da Bacia do Atlântico. Para termos uma noção, 85% da água despejada no Delta do Jacuí que alimenta o Lago Guaíba é originário do Rio Jacuí. Ao lado do Rio Uruguai, são os dois rios mais importantes na formação histórica do Rio Grande do Sul.