Entre
inúmeros viajantes que estiveram em Rio Grande, alguns deixaram escritos que
perpetuaram a sua memória no tempo. À maioria são anônimos passageiros que na
história escrita não ficou registro ou apenas são dados quantitativos na
documentação. Entre os que deixaram relatos está o Conde d’Eu esposo da
Princesa Isabel. Ele esteve na cidade alguns dias após este registro
fotográfico de julho de 1865, quando da passagem de D. Pedro II. As embarcações
procedentes do Brasil ou do exterior são uma presença marcante em Rio Grande
desde os primórdios do povoamento e neste caso, a maioria são embarcações do
Rio de Janeiro.
Conde
d’Eu escreveu em seu diário que à medida que o navio aproximava-se para atracar
no cais, a cidade despontava precedida de uma floresta de mastros. Havia muitas
casas de comércio, inclusive alemãs, sendo as principais mercadorias os couros
e a carne seca. Existiam três ruas principais paralelas a praia (Riachuelo,
Marechal Floriano e Bacelar) nas quais se viam lojas elegantes e na Marechal
Floriano, muitas bandeiras de consulados.
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