Porto do Rio Grande em 1908

Porto do Rio Grande em 1908

domingo, 10 de novembro de 2019

HISTÓRIAS IRREAIS DO RIO GRANDE



Em junho de 2016, redigi uma história de horror em rememoração aos 200 anos do encontro na Vila Doriati que reuniu Lorde Byron, Mary Shelley, John Polidori, Percy Shelley e Claire Clairmont. Daquele criativo momento literário do mês de junho de 1816 nasceram Frankenstein e o vampiro, Lorde Ruthven.
A breve crônica que escrevi foi sobre a visita de Edgar Allan Poe a Rio Grande. Nas duas semanas seguintes elaborei as outras crônicas que deveriam ser concisas e sempre contextualizando Rio Grande. Busquei o acontecer histórico com referências na documentação desde o século XVIII, trazendo para a cidade personagens da cultura Ocidental e também do referencial pop contemporâneo, preenchendo o restante com a imaginação e com as lendas urbanas locais. Visitar espaços e eventos do passado/presente da cidade pode ser uma motivação a mais para o exercício da leitura e para desenvolver a curiosidade investigativa pelos leitores.
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Entre o horror intimista e a irreverência, o objetivo foi exercitar a criatividade e buscar o divertimento da ficção verossímil, provocando a dúvida no leitor ao questionar a fronteira entre o verídico e o inverídico. Os resultados daqueles momentos de irrealidade estou publicando agora e inúmeras mensagens subliminares estão presentes, em referência a outras obras literárias ou históricas.
A premissa foi de que uma cidade portuária é espaço possível para a circulação de personagens anônimos ou famosos. Neste sentido, seria realmente inviável a visita de Jack o Estripador, de Charles Baudelaire, de D. Pedro II, Hitler entre tantos outros? A interação marítima também trouxe vampiros, lobisomens e até uma gárgula para viver na cidade!
Enfim, espaços cotidianos estão permeados de histórias que recuam secularmente ao passado e evidenciam a riqueza inesgotável de temáticas que podem ser pesquisadas e imaginadas para a cidade mais antiga do Rio Grande do Sul.

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