Porto do Rio Grande em 1908

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quarta-feira, 23 de outubro de 2024

NO TEMPO DO ONÇA



https://memoria.bn.gov.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=829447&pagfis=9039


Matéria publicada no Almanak Literário e Estatístico do Rio Grande do Sul para 1915 esclarece a expressão "Isto só no tempo do Onça!". 

A origem recua ao século XVIII, na Capitania de Pernambuco, quando era governador, entre 1787 a 1798, D. Thomás José de Melo. 

A criminalidade era muito alta no Recife e D. Thomás indica o Capitão de granadeiros José Correia da Silva para "manter a ordem e o sossego público", coibindo os inúmeros assassinatos e assaltos. José Correia ficou famoso junto a população devido a agressividade com que caçava "vagabundos e criminosos", a ponto de ser associado ao "símbolo da força e da coragem" que era a onça pintada. 

José Correia ficou no cargo de segurança pública até 1808. A alcunha o associou ao "tempo do Onça" quando a bandidagem passou por maus momentos.   

Há outra versão, mais conhecida e antiga, para esta expressão!

Remete ao Governador e Capitão-Geral da Capitania do Rio de Janeiro Luís Vahia Monteiro (1660-1732). Este administrador português era extremamente truculento e repressor, entrando em conflito com políticos e religiosos. Essa ferocidade lhe rendeu o apelido de "Onça" e a Câmara de Vereadores o tirou do cargo por incapacidade, pois, dava sinais de loucura. Neste caso, o "tempo do Onça", remete a "ideias enlouquecidas, desequilibradas e fora do bom senso". 

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