Porto do Rio Grande em 1908

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quinta-feira, 4 de junho de 2020

ROMANCE NA TAFONA



Boa música não tem apenas um estilo. Pode ser clássica ou popular. Pode ser chamamé ou rock. Pode ter letra ou pode ter ritmo. Pode ter tudo (ritmo, letra e voz) e não significar nada a quem escuta.

A música não existe fora do receptor e de sua vivência num certo momento do tempo social e psicológico.

Esta música que além de letra, ritmo e interpretação, precisa sensibilizar o cérebro para que os acordes e timbres se tornem musicalidade. Para que os tons fiquem registrados na memória e provoque um leve arrepio quando relembradas, mesmo que depois de décadas... 

Convido os leitores, a escutarem a música Romance na Tafona na voz de Luiz Carlos Borges. É a segunda faixa da 10ª Califórnia da Canção Nativa.

Recomendaria várias outras músicas desta edição da Califórnia que tem um sentido especial para aqueles que, como eu, moravam em Santa Maria da Boca do Monte naquele ano de 1980. Na cidade se escutava Led Zeppelin ou Bob Dilan, e na sequência uma música nativista (como é o caso da faixa sete Semeadura de Vitor Ramil). Para a maioria dos jovens não havia estas fronteiras estanques da sonoridade.

Depois de 40 anos passados, ficando muito tempo sem escutar as músicas, sempre me chama a atenção à dimensão poética com que as letras são cuidadosamente construídas. Letras nativistas, líricas e políticas. 

Uma noite de amor entre o negro Pacácio e a negra Maria com tamanha intensidade e sensibilidade (entre rude e delicado) se transformou numa pedra preciosa musical: Romance na Tafona pode ser conhecido ou recordado no endereço https://youtu.be/Rsgzy0ZN9z4



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