GRANDE FÁBRICA DE SABÃO E VELAS

O Trabalho Nacional. Rio Grande, 30 de setembro de 1889. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense.

        Este anúncio do jornal O Trabalho Nacional do dia 30 de setembro de 1889 divulga os produtos da Grande Fábrica de Sabão e Velas de Augusto Leivas & C. O armazém ficava na Rua Riachuelo e a Fábrica na Pedro II na Macega (Pedro II era a Rua Marechal Floriano e a Macega se refere a Ilha do Ladino no trecho entre a Rua Almirante Barroso e proximidades do Regatas - hoje Rua Almirante Cerqueira e Souza). 

     Hipoteticamente, proponho que a empresa é propriedade de Augusto César Leivas (nascimento em Jaguarão, 1854 e falecimento em Rio Grande, 1926). Em Jaguarão fundou a firma Augusto Leivas & Cia em 1877 atuando com transporte aquaviário, importação de vinhos, queijos, bacalhau, azeite de oliva etc. 

    Leivas atuava com vapores na Lagoa Mirim ligando Rio Grande a Jaguarão e possivelmente, instalou em Rio Grande esta fábrica de sabão e velas que antes funcionava em Artigas no Uruguai. O sabão mais afamado da Fábrica tinha o nome de Artigas. Em período sem energia elétrica e precária iluminação pública ou residencial, a utilização de velas era indispensável e o mercado se mantinha promissor. 

     O enraizamento comercial e industrial do Coronel Augusto Leivas com Rio Grande contribuiu para explicar a compra em leilão do Balneário Vila Sequeira/Cassino no ano de 1909. Conjuntamente, ele passou a administrar a linha ferroviária Rio Grande-Cassino.