Casa comercial de venda de carne seca (charque) em Rio Grande (1824). |
A Vila do Rio Grande de
São Pedro, nos primórdios do século 19, contava com aproximadamente 2.500
habitantes e 500 casas. A localização junto à barra de escoamento da Lagoa dos
Patos no Oceano Atlântico, garantiu a Rio Grande uma posição privilegiada para
o desenvolvimento das atividades comerciais com centros produtores/consumidores
brasileiros e com países europeus e platinos. O fluxo monetário, e
especialmente de mercadorias, foi consolidando o capitalismo comercial como o
sistema dominante ainda nos quadros da política mercantilista da Coroa de
Portugal. A Vila do Rio Grande, assim como o Brasil, vivia a condição de colônia
e as regras em vigor ainda eram as do colonialismo.
A ausência de
infraestrutura, a rusticidade da sociedade em formação, as intempéries da
natureza e a possibilidade de atividades bélicas com os vizinhos do Prata não
era, na primeira metade do século 18, motivação para um povoamento espontâneo
para Rio Grande. Muito pelo contrário. A intervenção do poder público português,
através de políticas de atração de colonos, como os açorianos, foi fundamental
para a consolidação de um núcleo urbano em crescimento.
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