História e Historiografia do RS

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

A BALA HISTÓRICA QUE MATOU ANDRADE NEVES




https://memoria.bn.gov.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=829447&pagfis=1965
Almanak Literário e Estatístico do Rio Grande do Sul para 1896. 

 J. Arthur Montenegro assinou esta matéria que analisa o uso de ferro fundido nos armamentos dos paraguaios durante a Guerra da Tríplice Aliança

Faltou chumbo para os paraguaios produzirem projéteis para carabinas e canhões, sendo fundido ferro até de sinos das igrejas para produção de munição. O ferimento causado por projéteis de ferro normalmente eram fatais. 

A análise feita por Montenegro voltou-se a explicar a morte do do Brigadeiro Andrade Neves, o Barão do Triunfo, num combate no Paraguai. No dia 21 de dezembro de 1868 uma bala inimiga atingiu e quebrou o tornozelo e encravou-se nos ossos posteriores do pé direito de Andrade Neves. A ferida parecia ter sido produzida por uma bala de canhão (é o que os médicos consideraram) e a morte ocorreu em 9 de janeiro de 1869. Pouco antes de morrer, delirando de febre e imaginando estar comandando a cavalaria, teria dito: "Camaradas!... mais uma carga". 

Em 1873 os restos mortais já em Porto Alegre, foram transferidos para outro caixão e foi encontrado um pedaço de ferro fundido cujo diâmetro mede 17 milímetros e setenta e sete gramas de peso. 

Miguel de Oliveira Meireles recolheu este projétil e passou para Victor Rist que entregou para Arthur Montenegro. Cujo acervo foi doado por Montenegro para a Biblioteca Rio-Grandense. Porém, o projétil que matou Andrade Neves fazia parte da doação?

Nenhum comentário:

Postar um comentário