História e Historiografia do RS

sexta-feira, 10 de abril de 2020

GRIPE ESPANHOLA EM SÃO PAULO

Enfermaria improvisada no salão de festas do clube Paulistano, em São Paulo. Acervo: Unicamp.

     Em São Paulo os primeiros casos foram registrados em 13 de outubro. Durou 66 dias, com cerca de 350 mil infectados (65% da população) e 5.100 mortos, a maioria dos quais vivia na insalubre periferia de São Paulo. 

    Para Bertolli Filho a gripe espanhola, “por si mesma ameaçadora, veio por em xeque e a nu a debilidade e a inépcia do poder público. Os vereadores debandaram; o prefeito [Washington Luiz], sem poder e sem dinheiro, pouco pode fazer antes de cair de cama. Política sanitária simplesmente não existiu” (BERTOLLI FILHO, Cláudio. A Gripe Espanhola em São Paulo, 1918: epidemia e sociedade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003). 

      A população que possuía recursos financeiros fugiu de São Paulo e a maioria buscou isolar-se dentro de casa com medo do contágio. Casas comerciais, cafés, bancos etc, fecharam as portas. O declínio da doença ocorreu em 11 de novembro. 
       Em todo o Brasil estima-se em 300 mil mortos, apesar de inúmeros casos não terem chegado ao conhecimento das autoridades sanitárias, especialmente fora das áreas urbanas.
Cenas da Gripe no Rio de Janeiro. Careta, Rio de Janeiro, 23 de novembro de 1918.
Acervo: Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. 

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