História e Historiografia do RS

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

TRABALHO ESCRAVO NO PORTO



           A aquarela de Hermann Wendroth retrata o trabalho no Porto no ano de 1852. A mão-de-obra predominante era do escravo negro. Cerca de 25% da população da cidade era constituída por escravos trazidos ao Rio Grande para atividades no porto ou como escravos urbanos domésticos ou de ganho. O fluxo financeiro e a necessidade de mão-de-obra impulsionavam esta presença que se prolongou até os últimos anos que antecederam a abolição da escravatura em 1888. Os escravos também atuavam embarcados. O trabalho manual de homens livres era considerado de forma depreciativa pela elite escravista brasileira. Formas de resistência à escravidão podem ser acompanhadas em jornais do século XIX que tratam de suicídios, fugas e assassinatos de seus senhores. Este é mais um dos componentes do medo da época: a ruptura da ordem social com o ato de sangue do escravo contra o senhor.

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