História e Historiografia do RS

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

O PORTO DO RIO GRANDE NA REVOLUÇÃO FARROUPILHA

Planta de Porto Alegre e suas trincheiras durante a Revolução Farroupilha. Data provável 1837.  

Com a ocupação de Porto Alegre em setembro de 1835, o presidente da Província, Fernandes Braga, organiza a fuga naval com destino a Rio Grande. Trouxe junto os cofres provinciais e desembarcou no Porto Velho sediando em Rio Grande a capital imperial da Província do Rio Grande do Sul. A outra capital, a farroupilha, é estabelecida em Porto Alegre.
Outro episódio deste período dos primórdios da Revolução Farroupilha, envolveu as tropas imperiais que fecharam a Barra desde abril de 1836, provocando protestos dos navios norte-americanos que ficaram retidos nos portos de São José do Norte e Rio Grande. Austin Hayes cônsul dos Estados Unidos em Rio Grande defendeu a vinda de um navio de guerra norte-americano até a Barra do Rio Grande para garantir a livre circulação dos navios. A crise diplomática não teve maiores desdobramentos na relação monarquia brasileira e o republicanismo norte-americano, mas não esqueçamos que os farroupilhas eram republicanos.
 Também em 1836, dias de grande tensão foram passados na cidade com a ameaça da invasão pelas tropas farroupilha de Bento Gonçalves da Silva. O motivo era a presença de um navio prisão ou “presiganga” com presos políticos simpáticos ao republicanismo ou ao liberalismo radical. Estava neste navio, ancorado no Porto do Norte, Domingos de Almeida, um expoente liberal que posteriormente se tornou ministro na República Rio-Grandense. Frente a possível invasão militar os presos foram libertados. Porém, os farroupilhas lamentaram posteriormente a não ocupação da Vila e Porto do Rio Grande que seria conquista fundamental para o deslocamento marítimo farroupilha.

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