Planta da vila do Rio Grande em 1829. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
Em 1823, foram concluídas as obras de
construção do porto feito de madeira e a dragagem do cais, permitindo que
navios com mais de duzentas toneladas, que até então só tinham acesso ao Porto
de São José do Norte, ancorassem no Porto da Vila do Rio Grande. Foram obras
realizadas com a participação financeira dos comerciantes da Vila, os quais
estiveram envolvidos também em outras obras públicas como a edificação de um
teatro. O papel comercial, nos primórdios do século XIX, superou a função
militar da Vila. Até o símbolo inicial da ocupação bélica, o desativado Forte
Jesus-Maria-José, passou a sediar um semáforo sinalizador para os navios que
navegavam pela barra. Para John Luccock, os canhões herdados dos espanhóis que
ainda encontravam-se no Forte, foram montados sobre carretas que estavam
colocadas num círculo suficientemente distante do canal para não causar o
mínimo aborrecimento a um inimigo que se aproximasse e se desmantelariam ao
primeiro disparo.
O ritmo comercial da Vila
redefiniu o seu papel histórico de praça militarizada passando para centro
portuário de escoamento da produção da Capitania dirigida ao mercado
interno brasileiro.
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