História e Historiografia do RS

domingo, 24 de novembro de 2019

RIO GRANDE NOS PRIMÓRDIOS DO SÉCULO XX –SOCIABILIDADE

Rua Marechal Floriano esquina com Rua dos Andradas. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

         A vida econômica da cidade circulava em torno de seu porto, mas ele representava até o fim do século XIX, o limite de expansão para a realização de um projeto capitalista para o Estado. No seu entorno, na praça principal e na zona a ela circundante se localizava os prédios públicos, a Alfândega e a Intendência Municipal. Para Mendonça, a riqueza que circulava vinha do capital mercantil diante de uma industrialização incipiente, gerando a transferência de excedentes na construção de prédios suntuosos, teatros, igrejas, clubes sociais que representavam o poder da elite local, classe alta urbana composta de funcionários públicos, escrivães, militares, sacerdotes e negociantes, gente de comércio e exportação. Esse crescimento urbano dá lugar a uma burocracia civil e a um comércio autônomo e rico, não deixando de comparecer, a aristocracia rural para viver ali um breve período de convívio urbano e festivo. O modo urbano de uma das principais cidades do Rio Grande do Sul no começo do século XX era animado com festas, saraus, bailes e apresentações das companhias de teatro (MENDONÇA, 2007).


MENDONÇA, Cledenir Vergara. Banhados: versões, construções discursivas acerca de um crime – a tradição oral. Monografia de Especialização em História. Rio Grande: FURG, 2007.

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