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| Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional da Cidade e Município do Rio Grande (1938). Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
Essa expressão gentílica estava debutando em 1938. No II Congresso de História e Geografia Sul-Rio-Grandense realizado em Rio Grande no ano de 1937, foi deliberado mudar a terminologia do nascido em Rio Grande de "Rio-Grandense" para "Rio-Grandino". O objetivo era evitar confusões entre o nascido na cidade e o natural do Estado do Rio Grande do Sul.
Historicamente, "Rio-Grandense" era a denominação utilizada para os naturais locais e a documentação e os jornais estão repletos desta nomenclatura. E há um sentido histórico para isso: primeiro veio a Barra do Rio Grande de São Pedro (cujo escoadouro está nos atuais Molhes da Barra do Rio Grande - aqui no município!); a primeira organização administrativa foi a Comandância Militar do Rio Grande - em Rio Grande...); veio a administração civil com a Vila do Rio Grande de São Pedro e a Câmara Municipal da Vila do Rio Grande); em 1760 surge a Capitania do Rio Grande de São Pedro e o Governo do Rio Grande (sediado em Rio Grande). Foram muitas denominações associadas ao nome da atual cidade/município e que vai se tornar referência para denominar o Rio Grande do Sul que hoje conhecemos. O nome do nosso Estado emana da Barra do Rio Grande de São Pedro assim denominada em 1532.
Mas, esta natural apropriação do "Rio-Grandense", realmente trazia confusões sobre se, a referência era o Estado do Rio Grande do Sul ou a cidade do Rio Grande. Nota-se isso, também nos cartões-postais que imprimiam "Rio Grande do Sul" para a cidade do Rio Grande. Até hoje, observo interpretações incorretas de vendedores/colecionadores considerando que se o cartão é "Rio Grande do Sul" só pode ser Porto Alegre. E a preciosa produção local de cartofilia acaba sendo enviada para a capital do RS.
Como consolação: somos Rio-Grandenses a 287 anos e Rio-Grandinos a 87.
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