Almanaque Literário e Estatístico do Rio Grande do Sul para 1900. http://memoria.bn.br |
Anúncios publicados no Almanaque do RS de 1900 nos deixam pistas sobre os ramos comerciais e os tipos de produtos que eram disponibilizados ao público consumidor da cidade do Rio Grande em determinado momento de sua história.
É possível ir esboçando uma sequência de modificações de costumes no consumo de medicamentos, vestuário, alimentos, estabelecimento de modismos e abandono de outras práticas culturais etc.
Um aspecto é observar a rapidez da circulação de novas técnicas, produtos ou marcas oriundas da Europa ou dos Estados Unidos, cujo uso, vão sendo naturalizadas na vida cotidiana das comunidades (de acordo com o seu poder de renda...). Podemos observar a geração de empregos ligados as novas técnicas ou hábitos de consumo que surgem; ou o abandono de determinadas profissões que se tornam inócuas, pois, os produtos não tem mais mercado de consumo.
Considero as propagandas como um grande potencial para analisar o desenvolvimento das relação entre mercadoria, consumo e mudanças de hábitos culturais.
Nestes dois anúncios está a Casa de secos e molhados Ao Malhado na Rua Aquidaban (altura da Praça da Caridade). É raro a referência a comércio nesta rua próxima ao hospital. A oferta de Licor de Cambará e de depurativo está ligada a circulação de pessoas no entorno do hospital (potencial público consumidor).
Já a Pharmacia e Drogaria Queiróz estava bem no centro da cidade atuando com o Elixir depurativo de Tuburi, importação de produtos químicos e farmacêuticos. Também vendia material fotográfico, especialmente, as substâncias químicas utilizadas para à revelação das fotografias.
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