História e Historiografia do RS

terça-feira, 3 de outubro de 2023

O RETORNO DOS TEMPORAIS

 

https://metsul.com/radar/ 03-10-2023 20h56.


https://metsul.com/radar/ 03-10-2023 20h56.


Esta imagem seria bom não ser observada no radar!

Depois de um setembro absurdamente chuvoso no Rio Grande do Sul estamos com esta virada da terça para a quarta-feira do dia 3 de outubro com este cenário do retorno dos temporais. 

Núcleos muito carregados avançam de Oeste para o Leste trazendo chuva que pode ser intensa e volumosa (entre 50 e 100 mm em muitos municípios) acompanhada de muitos raios e do temido granizo. Alguns dos núcleos tem alguns pontos na cor rosa que é a formação de granizo. Entre o centro e o norte do Estado (adentrando no momento a região missioneira) estão os núcleos mais pesados. 

Em Rio Grande o chamado para olhar o radar se deve ao som intenso dos trovões que se aproximam da cidade.  A história do clima está sendo escrita com intensidade implacável neste ano 2023. 

https://metsul.com/raios/ 03-10-2023 21h10.


Conforme a Metsul em matéria deste dia 3 de outubro a chuva foi absurdamente elevada no mês de setembro. Em Rio Grande foram 466,4 mm e a média histórica é de 110,8 mm (ou seja, mais de quatro vezes a média para este mês).

Vejamos a matéria da Metsul:


"CHUVA DE ATÉ MEIO ANO EM UM MÊS REESCREVE HISTÓRIA CLIMÁTICA GAÚCHA.  Volumes de chuva consolidados do mês de setembro contam a história de um mês absurdamente chuvoso no Rio Grande do Sul. Setembro de 2023 recém terminado reescreveu a história climática do Rio Grande do Sul. O clima levou os gaúchos ao limite e deixou muitas comunidades de joelhos diante da enormidade da destruição e da dolorosa perda de vidas humanas. Os volumes de chuva foram espantosos com acumulados de 500 mm a 700 mm em apenas trinta dias em parte do território gaúcho. Foram 51 pessoas que perderam as suas vidas por chuva durante o mês no Rio Grande do Sul.
Quando no começo de setembro a MetSul alertava que setembro seria “absurdamente chuvoso” não era exagero retórico. O estado teve o maior desastre desde 1959 com 50 mortos, a maior enchente (e catastrófica) no Vale do Taquari desde 1941 e a maior enchente do Guaíba em Porto Alegre também desde o fatídico 1941. Os números consolidados da precipitação registrada em setembro ajudam a explicar o mês absolutamente anormal e espantoso de chuva dos gaúchos. Estações do Instituto Nacional de Meteorologia registraram 680,6 mm em Caçapava do Sul; 546,4 mm em São Gabriel; 539,6 mm em Serafina Corrêa; 507,1 mm em Cruz Alta; 503,6 mm em Ibirubá; e 501,6 mm em Canguçu. Choveu ainda em setembro 498,0 mm em Passo Fundo, 488,8 mm em Tupanciretã; 482,2 mm em Santiago; 482,1 mm em Santa Maria; 477,6 mm em Capão do Leão; 475,6 mm em Dom Pedrito; 474,6 mm em São Vicente do Sul; 466,4 mm em Rio Grande; e 460,8 mm em Rio Pardo. Passaram de 400 mm também outras cidades gaúchas com 448,6 mm em Vacaria; 443,8 mm em Teutônia; 442,2 em Campo Bom; 440,6 mm em Soledade; 433,6 mm em Canela; 428,0 mm em Bagé; 427,0 mm em Bento Gonçalves; 412,6 mm em Cambará do Sul; e 406,0 mm São Luiz Gonzaga. Estações meteorológica particular no município de Tio Hugo, no Norte do estado, acusou em setembro precipitação de 771,6 mm. O volume equivale praticamente à metade da média histórica de chuva do ano inteiro, considerando que Passo Fundo tem média anual de 1.930,7 mm enquanto Cruz Alta tem 1.932,3 mm. Caçapava do Sul, com seus 680,6 mm, teve apenas em setembro praticamente o que choveu em todo o primeiro semestre de 2023, quando a precipitação nos primeiros seis meses do ano somou 705 mm. As médias históricas de precipitação para o mês de setembro no Rio Grande do Sul, de acordo com a série histórica 1991-2020, são de 97,0 mm em Santa Vitória do Palmar, 110,8 mm em Rio Grande, 128,7 mm em Pelotas, 138,3 mm em Torres, 146,6 mm em São Luiz Gonzaga, 147,8 mm em Porto Alegre, 155,3 mm em Santa Maria, 160,4 mm em Encruzilhada do Sul, 162,5 mm em Cruz Alta, 163,1 mm em Caxias do Sul, 165,5 mm em Passo Fundo, 169,9 mm em Bom Jesus e 175,1 mm em Iraí. Ou seja, em grande parte das cidades gaúchas choveu entre o triplo e o quádruplo da climatologia normal do mês de setembro".

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