A epidemia de Cólera atingiu Rio Grande com intensidade a partir de outubro de 1855. Foram cerca de quinhentas vítimas fatais numa população de aproximadamente 12.000 habitantes. No mês de janeiro do ano seguinte o Cólera cedia o seu ímpeto e a cidade começava a voltar a sua vida cotidiana.
Matéria do jornal Diário do Rio Grande de 30 de janeiro de 1856 registrou a sensação de alívio frente a devastação provocada:
"Graças! Graças! Graças!
Há 4 dias que a Divina Providência a mencionando-se esta importante cidade, tem alimentado-a na mais viva esperança de que o cólera não continuará a ceifar com sua foice, já gasta de cortar tantas vidas! Desde o dia 26 do corrente, até hoje, nenhum caso do flagelo nos tem acometido; há 4 dias que nenhum caso desse hediondo cólera, e nem de qualquer outra moléstia, há aparecido nesta cidade!".
Os Tempos de Cólera estavam passando. Estamos na espera que os Tempos de Covid também passem ou que se tornem dias domesticáveis.
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