História e Historiografia do RS

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

JULIO DE CASTILHOS

A disputa política começava a "sair dos trilhos" no ano de 1892. 

O confronto entre castilhistas e maragatos vai se intensificando na luta pelo poder no Rio Grande do Sul. 

No ano seguinte eclodiria a Revolução Federalista cujas estimativas seja de dez mil mortos nos confrontos militares, nos assassinatos e nas degolas. 

 No ano que antecede a hecatombe, Julio Prates de Castilhos visita Rio Grande. O jornal anti-castilhista Bisturi ( do dia 14 de agosto de 1892), o retrata com corpo de pato. As ironias e deboches são constantes nos mais diferentes cenários desta visita de cortesia feita as lideranças do Partido Republicano Rio-Grandense na cidade do Rio Grande. 

Como os maragatos organizaram uma manifestação de vaias quando Julio de Castilhos tentou discursar, um grupo de "bombacha" que veio de Pelotas, como afirmou o periódico,  entrou em confronto físico contra os manifestantes. A luta campal se estendeu pelas ruas até o "Café 24 de Maio" que foi parcialmente destruído pelos "bombachudos" que buscavam os "gasparistas" que buscaram refúgio naquele local. 

Para evitar incidentes ainda maiores, Júlio de Castilhos se retirou da cidade na mesma noite. 

Era apenas o início do confronto físico decorrente da polarização política que desencadeou a Revolução Federalista entre 1893 a 1895.  



Bisturi, 14 de agosto de 1892. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

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