A PIRÂMIDE MISTERIOSA - HQ

Tex Edição Histórica 112, Mythos Editora, 2020. Capa de Claudio Villa. 

 

    Para recordar o estilo de escrita de Gian Luigi Bonelli (1908-2001) uma boa sugestão é a história A Pirâmide Misteriosa (Tex Edição Histórica. Mythos Editora, 14x18,5cm, n. 112,abril de 2020, p. 188). Os desenhos de Guglielmo Letteri (1926-2006) fluem em sintonia com o roteiro e com a temática: o Egito Antigo e suas maldições. 

   O texto de Bonelli está repleto de referências as representações da morte e de maldições do Egito faraônico, com vocabulário específico e fundado num livro base: autoria do arqueólogo inglês Sir E. A. Wallis Budge (1857-1934) que dirigiu o Departamento de Antiguidades Asiáticas e Egípcias do Museu Britânico ao longo de 27 anos. Bonelli fez a leitura de Egyptian Magic para adaptar a presença de Tex, do Bruxo Mouro (o egípcio radicado no México) e um sacerdote do Templo de Heliópolis, Rakos. O sacerdote foi condenado a ser um khabit (uma sombra negra que saía da tumba à noite para fazer o mal) pois tentou tirar o véu que cobria o rosto da Deusa Ísis. Por condenação proferida por Ísis, ele se tornou um inominável que deveria vagar pelos milênios até a hora de adentrar no Amenti (mundo subterrâneo dos mortos). 

    Esta história faz parte das versões sobrenaturais do personagem Tex levando o imaginário do Egito para o contexto do cenário do western americano e com pitadas de pirâmides astecas.