O jornal caricato Vida Fluminense traduz algumas cenas cotidianas ocorridas no Rio de Janeiro nas festas juninas do ano de 1868, durante a Guerra do Paraguai.
O tema dos estragos decorrentes do lançamento de foguetes e balões incendiários já estava em pauta naquela época. Até o sol está com expressão de raiva pelos balões que se lançam em sua direção. Cavalos assustados com os foguetes, uma mulher correndo com o vestido em chamas, muita bebedeira, incêndio em um prédio devido a um foguete e exaltação excessiva nas comemorações. Uma cenas icônicas, pois reflete o período da guerra, é a de um foguete que quebra o vidro de um quarto e um homem na cama resmunga: "vão gastar pólvora no Paraguai".
O período de festas juninas no Rio de Janeiro acaba se aproximando bastante das práticas ligadas ao entrudo, um carnaval popular que não respeitava limites para o exercício do lúdico e do desagradável, arrastando inclusive quem não queria participar dos festejos.
Os desenhos são do maior caricaturista ítalo-brasileiro Angelo Agostini.
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