Rio Grande, 13 de março de 1956. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
Estamos vivendo este período de quarentena e de cuidados para evitar o contágio pelo novo coronavírus.
Esta matéria jornalística de 1956, tem alguns aspectos que evidenciam a preocupação de algumas pessoas com a contaminação por outro vírus: o da poliomielite ou paralisia infantil que estava agindo de forma epidêmica na Argentina. Esta doença infecto-contagiosa aguda é causada por um vírus que vive no intestino. Gotículas de saliva, água e comida contaminada eram formas de transmissão. Apenas nos Estados Unidos, na década de 1950, ocorriam 20 mil casos de poliomielite paralítica por ano.
A tão sonhada vacina (que hoje é a grande corrida científica contra o novo coronavírus), começou a ser lentamente utilizada a partir de 1955 e sendo intensificada nas décadas de 1960-70. O Brasil teve os últimos casos da doença em 1989.
A falta de higiene ao tocar simultaneamente em dinheiro e também no pão é uma prática muito antiga e que já despertava temor na década de 1950. De fato não é apenas o vírus da poliomielite, mas, inúmeros organismos poderiam ser transmitidos pelas mãos no dinheiro e transportado para o pão.
Não está excluído que o dinheiro seja um fator de contaminação de novo coronavírus: se a saliva de uma pessoa contaminada for parar no dinheiro e outra pessoa tocar e levar a mão na boca, nariz ou olhos, teoricamente, a contaminação poderia ocorrer. Daí a necessidade de lavagem das mãos o máximo de vezes e não tocar no rosto antes de lavá-las.
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