História e Historiografia do RS

quarta-feira, 1 de abril de 2020

FOGOS ARTIFICIAIS


      Em Rio Grande, conforme o Almanaque Comercial Ilustrado Rio-Grandense, estava estabelecida uma fábrica de Fogos Artificiais ou os atuais Fogos de Artifício. Fontes jornalísticas e diários de viajantes estrangeiros deixaram inúmeros registros de utilização de fogos (especialmente na forma de girândolas), ao longo do século XIX. Os festejos da Independência do Brasil eram marcados pelo amplo uso desta modalidade de comemoração.  
       Eduardo P. Mattos Sobrinho produzia em Rio Grande os fogos, neste ano de 1914, estando estabelecido nos "suburbios". Possivelmente, seja algum local afastado da Cidade Nova já prevendo dos perigos na manipulação e guarda deste material explosivo. 
       A história dos fogos de artifício como hoje conhecemos recua a invenção da pólvora na China a cerca de 2.000 anos (um alquimista misturou nitrato de potássio, enxofre e carvão dando início ao pesadelo dos animais de audição sensível ao longo do planeta). Desde então o mundo se tornou um local "artificialmente" muito mais barulhento...  Os fogos foram muito utilizados pelos indianos e árabes, chegando a Europa pelos gregos e islamitas. Os italianos, desde o século XIV, passam a utilizar e inserir outros produtos químicos para produzir cores nos fogos. Nos séculos seguintes, o lançamento de fogos está associado a confraternizações e eventos comemorativos na Europa e no Novo Mundo.    
       Atualmente, evidenciando a forte raiz histórica de uso de fogos, o Brasil é o segundo maior produtor mundial, sendo a China o primeiro.  

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