O responsável pela elaboração de “O Vampiro” (publicado em 1819) foi o dr. John Polidori que edificou o primeiro vampiro contextualizado nos padrões europeus: o lorde Ruthven. Poemas e contos de vampiros circulavam, ao lado de relatos documentais, desde o século XVIII, porém, o componente europeu oriental ainda é muito forte naqueles escritos. A ocidentalização do vampiro está explícita em Polidori e será desenvolvida com maestria no romance “Drácula” de Bram Stoker em 1897. O conto suscitou polêmicas e foi creditado a Lorde Byron quando de seu lançamento. Como Polidori e Byron romperam relações de amizade (1816) pairou a dúvida de quem realmente havia sido o autor de “O Vampiro” (porém, Byron reconheceu publicamente que Polidori o havia escrito). Os dois autores tiveram finais trágicos com Polidori se suicidando em 1821 e Byron morrendo em 1824 (de malária quando lutava contra os turcos e ao lado dos carbonários na Grécia).
Outra obra clássica surgida naqueles dias de claustro numa mansão repleta de inspiração gótica foi “Frankenstein”. Escrito pela novel escritora Mary, que ao iniciar a obra tinha apenas 18 anos. Enquanto “Frankenstein” persiste como uma obra extremamente reflexiva no campo da história da ciência, o personagem vampiro continua a apresentar leituras multifacetadas e que tiveram uma de suas melhores construções na obra de John William Polidori (1795-1821).
Primeira edição de "The Vampyre" de John Polidori. Erroneamente atribuído a Byron que era um sucesso editorial nesta época e contribuiu para divulgar a obra. |
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