História e Historiografia do RS

sábado, 14 de setembro de 2019

ESCOLA AGRÍCOLA MUNICIPAL DA QUINTA

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

          Na fotografia de Ricardo Giovannini estão posando os padres Josefinos e seus alunos. A legenda esclarece que se trata da Escola Agrícola Municipal da Quinta.   


          Conforme Cledenir Vergara Mendonça, em 1914, a administração do município, através do Intendente Municipal, Dr. Nascimento, e o Bispo Diocesano de Pelotas, viabilizaram com a Congregação  São José de Murialdo, a fundação de uma escola agrícola em Rio Grande e o local apropriado foi a Vila da Quinta. Neste sentido, o objetivo era de auxiliar na educação das crianças pobres e, ao mesmo tempo investir no desenvolvimento da agricultura na região, marcada especificamente pelo grande latifúndio ou pequenas chácaras com uma concentração predominantemente de portugueses que se estabeleciam entre o Bosque, Carreiros, Quinta, Ilha Leonidio e Quitéria. Vale ressaltar que a igreja do Rio Grande pertencia a Diocese de Pelotas. Seria uma proposta inovadora na área educacional e, provavelmente um projeto pioneiro pedagógico e religioso sob o controle dos padres Josefinos  com atuação no Brasil. A Ordem era de Turim,  na Itália, e os religiosos foram transferidos da Líbia (África) do Instituto Agrícola Industrial para a Vila da Quinta. No dia 5 de janeiro de 1915, chegaram os dois primeiros padres, começando assim a missão no Rio Grande do Sul. No dia 21 de abril de 1915 foi inaugurada a Escola Agrícola, na sede do extinto Posto Zootécnico, em uma área de 14 hectares, sendo hoje assim compreendida: à frente seria onde está o Grêmio Esportivo Nacional e o Posto de Saúde e , ao fundo a Usina de asfalto.
          Começava as aulas com 10 alunos internados e, paralelamente, era ministrada a aula municipal para os alunos do sexo masculino, na qual os menores da Vila (externos) apreendiam os elementos fundamentais da língua portuguesa, aritmética, e noções variadas de agricultura, perfazendo um total de 50 alunos.
            O modelo e a experiência com os Josefinos durou somente 7 anos. Em 1922 rompe-se o contrato, expurga-se os religiosos e nunca mais tivemos práticas de tal porte na arte de educar em nossa região, conclui Cledenir no artigo "Os Padres Josefinos e a Educação - Escola Agrícola Municipal da Quinta"  In:  http://estacaoquinta.blogspot.com/2010/



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