Porto do Rio Grande em 1908

Porto do Rio Grande em 1908

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

CORSÁRIOS E PIRATAS

Planta de Nicolas Fer (1737). Acervo: https://digitalcollections.nypl.org/

 O período áureo da pirataria no Caribe transcorreu entre 1660 até 1730. Os três principais portos utilizados pelos piratas era Port Royal na Jamaica, Tortuga no Haiti e Nassau nas Bahamas. Esta atividade iniciou com os corsários que trabalhavam para um país, como a Inglaterra, França ou Holanda, em troca de ficarem com parte dos bens obtidos na captura de um navio: recebiam a carta de corso. As embarcações alvo eram os galeões espanhóis com ouro, prata ou pedras preciosas expropriadas dos astecas ou maias... 

Com o passar das décadas alguns destes corsários buscam a sua emancipação e resolvem ficar com todas as riquezas que foram roubadas: surgem os piratas ou bucaneiros. 

Na sequência surgem os caçadores de piratas para roubarem as riquezas ameríndias que foram originalmente roubadas pelos espanhóis, que foram roubadas pelos corsários e piratas, que foram roubadas pelos caçadores de piratas, que num continuum foram confiscadas destes rapineiros pelas potências coloniais... 

Esta planta francesa autoria de Nicolas Fer remete a um dos momentos mais consolidados da pirataria no Caribe: o ano de 1717. A planta tem requintes artísticos e mostra dois navios e peixes voadores na América Central. 

Situando no tempo, vinte anos depois, em 1737, Rio Grande seria fundada pelos portugueses. O olhar lusitano estava em outras riquezas, bem mais difíceis de serem obtidas do que a visão de um galeão espanhol lotado de ouro e prata: manter a posse da Colônia do Sacramento e garantir o comércio de contrabando no Rio da Prata.    

     

Planta de Nicolas Fer (1737). Acervo: https://digitalcollections.nypl.org/


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