Num movimento do presente para o passado, sabemos o que ocorreu com o prédio dos Correios: se transformou em ruínas abandonadas no centro da cidade.
Fruto de polêmicas desde o seu projeto de construção por ter descaracterizado a Praça Dr. Pio, a matéria do jornal Rio Grande do dia 13 de agosto de 1953 faz algumas críticas ao prédio recentemente inaugurado (1950). Em curto período o prédio já estava com a pintura externa suja mas foi feita uma limpeza. O desleixo maior, já abordado em outras matérias deste jornal, é a descaraterização das tijoletas da calçada que cercam o prédio. Quando da realização de um concerto, ocorreu a reposição de outro tipo de tijoleta iniciando a descaracterização estética do entorno.
A cobrança da imprensa desta época remetia aos cuidados com a estética patrimonial. Imaginem hoje, o mesmo jornal: o que diria das ruínas atuais deste prédio?
Outra reclamação do periódico é sobre os "moços alfabetizados" que produziam bagunça e perturbação nas sessões de cinema. O jornal recomendava que eles fossem assistir apenas filmes do seu nível: dramas de far west, dramalhões argentino e azteca (como chamavam os filmes mexicanos) e películas carnavalescas. Esta imprensa opinativa não poupava nada...
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